O
domingo começou cedo. Iniciei o percurso em LimeHouse e fiz todo o caminho ao lado
do Rio até Canary Wharf. O dia estava cinzento mas de vez em quando havia "umas abertas" e estava agradável para caminhar. Não estava frio para usar gorro 😁 mas quem me conhece sabe que adoro usar este acessório e como estava um bocadinho mais frio que o normal, foi "desculpa" perfeita para enfiar o barrete.
Antes
de chegar a Canary Wharf tinha localizado no mapa um Museu Free de seu nome
London Museum Docklands. Vi as críticas e havia de tudo, boas e más. Resolvi
arriscar e como estava mesmo de passagem, entrei. Mas pelo caminho até ao museu
encontrei coisas interessantes, desde bancos que mudavam de cor, metades de
cabeças e uma doca com uma vista fabulosa para os arranha-céus em Canary Wharf.
|
Entro
no museu e sou recebida de uma forma tão delicada pelo senhor da entrada que até
me apetecia ficar ali a conversar em vez de ir ver o museu. Explicou-me tudo o que devia saber antes da visita de uma forma muito atenciosa e profissional. A visita começa no terceiro andar. Não
tinha muito a noção do que ia ver, comprei o mapa de £1 e comecei a explorar. A
história do museu e do que ele contém é muito mais rica que as críticas na
internet. Fiquei muito surpreendida e adorei logo a primeira sala. Este museu
não está nos roteiros ditos “normais” de quem vai visitar Londres, claro que há
toda a panóplia de atrações que são obrigatórias, mas quem vem com mais tempo,
não seria mal pensado passar por este lado da cidade, mais longe do centro e
dispender uma manhã (é suficiente) para este museu e toda a área envolvente.
O
museu trata da história de Inglaterra e na primeira sala somos invadidos pela vida nos velhos navios.
|
O
Museu fica situado no que sobrou dos antigos armazéns das Docas, usadas para
receber as mercadorias que vinham de todas as partes do mundo para o então
poderoso reino inglês e para a maior cidade do mundo na época - Londres.
Fala-se na cana-de-açucar, algodão, café, vegetais, frutas, especiarias.
Paralelamente a inevitável exploração da mão-de-obra escrava dos povos
africanos e das suas revoluções.
|
Apesar da triste história da escravidão que todos conhecemos, mais ou menos bem, o museu acaba por ser bonito a contar essa história.
Há também uma seção dedicada à Segunda Guerra, quando as docas foram bombardeadas pelos alemães. E também há uma zona que simula as velhas cidades de marinheiros, escuras e sombrias com tavernas e espaços de passagem que por vezes assustam. Há um burburinho constante nas pequenas ruas que vamos passando, como se a rua estivesse cheia, o que não deixa de ser um pormenor muito interessante.
|
Volto a colocar o casaco e o gorro e saio para a rua, desta vez mais fria.
Sem comentários:
Enviar um comentário